Uma data para ser lembrada todos os dias: 5 de setembro é o Dia da Amazônia. O marco tem como intuito conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo. Em tempos com estes, vale destacar projetos de preservação da biodiversidade e respeito às comunidades locais. Um deles é o Gosto da Amazônia, que promove a produção e consumo do pirarucu de manejo sustentável. Graças à pesca ecologicamente correta, o peixe, que é a base de sustento de diversas comunidades indígenas, deixou de ser uma espécie ameaçada e hoje chega à mesa dos cariocas. Confira este roteiro de eventos e restaurantes que deram a sua cara ao ingrediente amazônico.
Na quarta-feira, 4, véspera do Dia da Amazônia, os chefs Ignácio Peixoto (Bagatelle Rio) e Ricardo Lapeyre (Laguiole Lab) preparam jantar a quatro mãos no restaurante francês do Jockey Club. Em meio a ingredientes nativos da Amazônia - como o arroz de pato confit com tucupi, quiabo e maxixe da foto -, destaque para o pirarucu de manejo sustentável. O percurso começa com torresmo de pirarucu com cupuaçu picante, seguido do lombo do peixe curado, servido com vinagrete de caju e mandioca. A galette de cará com jambu e velouté de castanha é a proposta do primeiro prato. Entremet de cupuaçu, biscuit de castanha do Brasil e chocolate 70% finaliza. O jantar custa R$ 150 por pessoa e será servido das 19h30 às 23h.
Em tempo: no Laguiole Lab, Lapeyre oferece dois pratos com pirarucu, que se revezam no cardápio. O arroz de pirarucu e o pirarucu poché no molho champagne, com cebolinha tostada e cenouras coloridas (R$ 90 cada prato ou R$ 168 no menu completo do dia) são as opções.
Horário:
Dom 19:00 às 01:00, Dom 19:00 às 02:00, Seg 19:00 às 01:00, Ter 19:00 às 01:00, Qua 19:00 às 01:00, Qui 19:00 às 02:00, Sex 19:00 às 02:00, Sab 19:00 às 02:00, Sab 19:00 às 02:00
Anote na agenda: de 20 de setembro a 6 de outubro, o Cadeg recebe a primeira edição do Festival Gosto da Amazônia. Ao todo, 24 estabelecimentos do mercado municipal do Rio participam do evento com pratos inéditos, entre restaurantes, empórios e lojas de bebidas. Um deles é o Barsa, que vai preparar a moqueca de pirarucu refogada no azeite com alho e hadock de congro negro, acompanhada de arroz de brócolis e farofa panko na manteiga de ervas com castanhas e frutas secas. No Cantinho das Concertinas, o público poderá provar o pastel de pirarucu. Já no Costelão, o lombo do peixe amazônico será preparado na brasa.
O Meza, excelente gastrobar no Humaitá, lançou três receitas no cardápio. Há o pirarucu semi curado com chutney de cupuaçu e emulsão cítrica no crocante de sagu (R$19 - três unidades) e o fish and chips com aiöli de tucupi (R$ 39) para petiscar. Nos charmosos potinhos da casa, é servido o pirarucu defumado com purê de banana e tartare de feijão vermelho (foto - R$ 30).
- Este menu é um pouco homenagem, um pouco celebração e, sobretudo, parte do meu compromisso em mostrar a versatilidade do pirarucu selvagem. Difícil foi conseguir escolher, pois a vontade era de soltar todas as ideias, e olha que não foram poucas... Importante mesmo é descobrir o quão especial é o pirarucu proveniente do manejo sustentável, provar esse sabor tão peculiar -, explica a chef Andressa Cabral.
A ecochef Teresa Corção, à frente do restaurante O Navegador e fundadora do Instituto Maniva, navega pelos quatro cantos do Brasil em busca de ingredientes de pequenos produtores. Em seu restaurante, no Centro do Rio, ela prepara o pirarucu de manejo sustentável com camarão seco, batata, tomate cereja, ovo caipira em caldo do peixe, tucupi e leite de castanhas. Acompanha pirão do caldo e arroz (R$ 73).
- A atuação dos ecochefs vai para além da compra dos produtos para os restaurantes. Nós militamos em prol desses profissionais usando nossas posições de prestígio para melhorar a qualidade de vida e condições de trabalho deles -, explica.
Endereço
: Avenida Rio Branco , 180, Centro
Telefone
: 2262-6037
Horário:
Seg 11:30 às 15:30, Ter 11:30 às 15:30, Qua 11:30 às 15:30, Qui 11:30 às 15:30, Sex 11:30 às 15:30
Ponto especializado em comida do sertão nordestino, o Kalango, na Praça da Bandeira, também deu sua cara ao peixe amazônico. O chef Emerson Pedrosa prepara a salada de conserva de feijão fradinho, molho picante de coentro e pirarucu defumado (foto - R$29). Ali pertinho, no Aconchego Carioca, a chef Bianca Barbosa criou o pirarucu defumado no melado com maionese de funcho (R$49). Os restaurantes têm em comum Katia Barbosa, mãe de Bianca, como sócia. Ou seja, o tempero é bom e está tudo em família.