Atração que os fãs de gastronomia gostam de procurar em qualquer cidade do Brasil e do mundo, os mercados centrais reúnem produtos frescos, vinhos, destilados, cervejas e bons restaurantes com porções fartas em um clima de informalidade. No Rio, o mais próximo que temos de um mercado é o Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara, o Cadeg. Localizado em Benfica, é destino certo de cozinheiros ou mesmo de quem quer encontrar insumos mais baratos. Outro atrativo por lá são os inúmeros quiosques que vendem flores variadas a preços convidativos. Mas a história aqui não é a eleição das cinco orquídeas mais bonitas do Cadeg. Após bater perna por lá, é preciso recuperar as energias com um bom prato de comida. Abaixo listamos cinco restaurantes de destaque que valem a ida até o número 110 da Rua Capitão Felix, em Benfica.
O nome é sugestivo. Por lá, o principal produto é a costela
bovina assada em fogo baixo durante horas até descolar do osso (saiba quais são as melhores costelas do Rio). Mas antes de
chegar a ela, não deixe de provar os bolinhos de, adivinhe, costela. A massa de
aipim leve deixa a pedida ainda mais saborosa (R$ 25, dez unidades). Para
matar a fome de verdade, a costela é a escolha certa. Ela pode chegar na forma
de um prato individual (R$ 37,90) ou em versões para duas ou quatro pessoas (R$
94,90 e R$ 149,90, respectivamente). O cliente pode escolher três
acompanhamentos de uma lista para ladear o prato. Prefere outra coisa? O Prime
Rib é simplesmente sensacional em termos de maciez e sabor (R$ 79,90).
Quem passa pela porta, que fica em frente ao restaurante Barsa, acha que se trata apenas de uma loja de carnes premium. Sim, a casa
comandada por Yasser Regis vende cortes de extrema qualidade para você brilhar
em seu churrasco. Mas se a ideia é comer por lá mesmo, basta escolher a peça e
pagar mais R$ 20 para degustar por lá com direito a batata rústica e
farofa. Entre as opções, estão Bife de Chorizo (R$94,90 o quilo), Bananinha (R$32,90
o quilo) e Fraldinha (R$55,90 o quilo), todos da raça Angus. Outro destaque
da casa são os suculentos burgers. O Ex-touro é feito com um blend de 200
gramas de carnes bovina e suína e chega coberto por queijo prato, maionese de
bacon, alface e tomate no pão de cerveja (R$ 24,90). Já o Nordestino traz 200
gramas de carne de sol, creme de queijo coalho com manteiga de garrafa e crispy
de carne seca no pão de milho (R$ 26,90).
Esqueça o glamour. Aqui as mesas ficam espalhadas pelo
corredor e não há nenhuma frescurada: comida boa, bem feita e farta. Das
churrasqueiras (que antes ficavam aos olhos do cliente, agora, por questões
de vigilância sanitária, está localizada na cozinha) saem grandes porções de
churrasco. O misto, por exemplo, traz alcatra, picanha de porco, frango e
linguiça acompanhados por arroz, farofa de ovos e fritas (R$ 65, R$ 95, R$ 125
ou R$ 145 para duas, três, quatro ou cinco pessoas). Prefere peixe? A posta de
dourado com arroz de brócolis, salada e
batatas coradas sai por R$ 70. Pastel, bolinho de bacalhau ou mesmo um bom
sanduba são boas pedidas para abrir os trabalhos.
Comandado pelo chef e proprietário Marcelo Barcellos, o
restaurante é um porto seguro no Cadeg para quem quer comer bem. Além de
fartos, os pratos são simplesmente deliciosos. É impossível ficar imune ao
delicioso pão de calabresa com provolone (R$ 24, três unidades, ou R$ 38, seis
unidades). Mas difícil mesmo é escolher a pedida principal. O Arroz de Pato
chega como manda o figurino: molhadinho, saboroso e coberto por fatias de
linguiça portuguesa picante (R$ 91, o pequeno, R$ 152, o médio, e R$ 262 o
grande). Já a paleta de cordeiro é assada durante horas no vinho tinto com
ervas e chega escoltada por batatas assadas e cebola roxa (R$ 149). Se preferir
bacalhau (os melhores bolinhos de bacalhau estão aqui), o do Rei traz postas altas de Gadus Morhua no azeite escoltados por
batata, alho, couve, cebola, ovo, alcaparras e azeitonas pretas (R$ 105, o
médio, e R$ 169, o grande). Detalhe: aos sábados e domingos uma roda de choro
anima a tarde.
Um dos principais pé-sujos do Cadeg, o Poleiro ganhou um
tapa no visual recentemente. O letreiro, as mesas, tudo está nos conformes. Mas
os que estavam preocupados logo se tranquilizaram ao perceber que a comida não
mudou em absolutamente nada. A qualquer hora do dia ou da madrugada, você vai
comer o famoso e farto contra-filé coberto por cebolas (R$38). Simplesmente
sensacional. Com acréscimo de fritas o prato sai por R$ 42. A farta porção da
espetacular farofa de ovos custa R$ 15. Impossível resistir.