Dia 13 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Cachaça. O destilado da cana-de-açúcar, brasileiríssimo, é a base para um dos coquetéis mais famosos do mundo: a caipirinha. O drinque que tradicionalmente leva cachaça, limão, açúcar e gelo é encontrado na maioria dos bares e restaurantes do país. Para não faltar a "danada da cachaça", convocamos um time de especialistas que indicou as melhores caipirinhas do Rio.
Um dos mixologistas mais premiados da cidade, Alex Mesquita, que hoje é embaixador da Cachaça Leblon e presta consultoria para bares e restaurantes, foi um dos que indicou a melhor caipirinha do Rio.
"O El Born, em Copacabana, prepara a caipirinha da maneira clássica: adiciona-se limão, açúcar, com maceração leve, gelo por cima e cachaça, com bebida refrescada com a bailarina. Este é o procedimento correto para a tradicional caipirinha. O que me chama a atenção é que o Zan Andrade e sua equipe fazem sempre da mesma maneira, seguindo a receita clássica, mantendo o padrão de qualidade".
Há quatro décadas a sommelière e bartender Deise Novakoski dedica-se ao universo das bebidas, em balcões, restaurantes, aulas, jornais e programas de TV. Para ela, a caipirinha da Academia da Cachaça da Barra da Tijuca é a melhor do Rio.
"Todo brasileiro sabe que existem inúmeras maneiras para se fazer uma caipirinha de limão. Seja lá de que jeito for cortado, tem que ser cortado na hora, do contrário, oxida e estraga tudo! Na Academia da Cachaça da Barra você vai receber sempre uma caipirinha feita na hora", explica a especialista.
A premiada bartender Jessica Sanchez quando não está preparando caipirinha no seu Vizinho Gastrobar (R$ 25) - um dos melhores bares de drinques da cidade - gosta de apreciar o coquetel com vista para a praia de Ipanema, no Astor.
"Pra mim, a melhor e mais clássica caipirinha do Rio é a do Astor (R$ 23 a R$ 29). É servida num copo grande, o que eu acho super digno, e é feita como deve ser: mexida. E eles têm várias opções de cachaça. Ela vem sempre super equilibrada. É normal olhar para o balcão e ver o Paulo (bartender super antigo da casa) fazendo 10 de uma vez só. Super rápido, super preciso. Adoro sentar no balcão e assistir ele trabalhando. Sou fã", elogia Jessica.
Ícone da boemia carioca, o proprietário do Galeto Sat's, Sérgio Rabello, é cachaceiro dos bons. Prova disso é que suas duas casas, em Copacabana e Botafogo, oferecem mais de 300 rótulos da bebida, e claro, excelentes caipirinhas. Entendido do assunto, ele tem sua preferida no Rio.
"A caipirinha do Garoa (bar de drinques no Leblon) é bem servida. Feita com cachaça Tellura, limão tahiti ou abacaxi, cortados no hora, isso é importante, e com bastante gelo", destaca Serjão. Custa R$ 25.
Autor da coluna Pé-sujo, publicada quinzenalmente no caderno Rio Show do jornal O Globo, Juarez Becoza tem muito quilômetros rodados nos botequins cariocas. Para tomar caipirinha, o jornalista gosta de estacionar o cotovelo no balcão do Galeto Sat's.
"Voto na caipirinha de caju com limão e cachaça Coqueiro do Sat's (R$20) porque ela representa uma brasilidade única: a Coqueiro é de Paraty, uma das regiões de produção de cachaça mais tradicionais do Brasil. E o caju é, na minha opinião, o fruto mais brasileiro que existe. Era consumido (e disputado!) pelos índios muito antes de os portugueses chegarem aqui. E também é o fruto que melhor harmoniza com a cachaça, depois do próprio limão", justifica.