Bruno Bogossian, o BR, grafita desde 1999 e, junto com seus parceiros da Fleshbeck Crew, é um dos precursores da arte urbana carioca. Reconhecido por todos como grafiteiro, ele dedica seu tempo também à outra paixão: o surf. Desde moleque frequenta a praia de Ipanema, onde aprendeu o esporte e, de lá pra cá, já são 25 anos pegando onda nas praias do Rio. “Nunca surfei profissionalmente, no máximo participei de campeonato de colégio”, brinca BR, que já viajou para picos como Indonésia, Hawaí, Peru, Costa Rica, Espanha e Portugal atrás de ondas perfeitas. “O outono/inverno é a melhor época para surfar no Rio, mas o mar aqui não é que nem lá fora, é preciso viajar para pegar as ondas perfeitas ”. A interseção entre o esporte e a arte, ele encontra nas pranchas do amigo e surfista profissional Pedro Scooby, paras as quais cria pinturas exclusivas.
O paradisíaco “Arpex” desde sempre é disputado pelas pranchas, é o berço do surf carioca e, frequentemente, é palco de importantes campeonatos de surf nacionais e internacionais. Além das boas ondas, o cenário é um dos mais belos da cidade. “Por ser famoso, é um pico crowd e com bastante localismo. A onda quebra em diversas condições, sem dúvida, é uma das melhores do Rio”.
Vizinha ao Arpoador, a praia de Ipanema é uma das mais frequentadas por pessoas que querem praticar esportes, como altinha, frescobol, futevôlei, beach tennis, SUP e o surf, claro. É lá, entre o trecho conhecido como “Coqueirão” e o posto 10, que BR costuma frequentar no dia a dia. “Curto as ondas de Ipanema porque há ondas rápidas e tubulares, como eu gosto”
“Apesar do crowd de bodyboarders e a poluição da água, sem dúvidas, é a melhor onda do rio! Tubos, ondas fortes manobráveis, "de ladinho", são de alta performance”, comenta BR, destacando que a praia de São Conrado não é para amadores. O visual da orla é de cair o queixo: Floresta da Tijuca, Pedra da Gávea e Pedra Bonita, de onde saltam as asa-deltas e parapentes.
Recanto da Zona Oeste, a praia de Grumari é vizinha à Prainha, muito popular entre os surfistas e, por isso, com ondas bastante concorridas. Para fugir do crowd, é um pico ideal. “Fica mais vazia durante a semana. Tem ondas longas e manobráveis, e a água é muito limpa. Não é seguro deixar seus pertences no carro, já soube de furtos por lá”, aconselha.
No fim da orla de Copacabana, que não apresenta boas condições de surf, a praia do Leme é uma boa opção. O canto esquerdo tem um paredão rochoso e as ondas podem chegar até 2 metros nos melhores dias, quando a maré está alta. “Com vento leste, é uma onda tubular boa, que quebra com ondulação. Há muitos surfistas locais, tem que respeitar”, explica BR.
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