Desde 2005, a arte urbana no Rio de Janeiro vive um boom. Muros, postes, calçadas, prédios e diversos tipos de suporte ganharam cores, formas e personagens, em traços que já são reconhecidos por quem circula por aí. Artistas, individual ou coletivamente, demarcam seus territórios em circuitos consagrados na cidade. Da Zona Sul à Zona Norte, é possível fazer um tour e conhecer alguns dos principais ícones da street art no Rio.
O primeiro point do graffiti na Zona Sul começou no extenso muro do Jockey Club Brasileiro. O movimento teve início na rua Jardim Botânico e levou assinatura de dezenas de artistas, e logo seguiu para a Borges de Medeiros, onde pintaram alguns dos nomes mais reconhecidos na cena carioca. O colorido das imagens gigantes compõe a paisagem junto com o verde das montanhas e a beleza da Lagoa. Outro ponto já tradicional é o muro do colégio Cap. O Fleshbeck Crew é um protagonista do crescimento da arte urbana do bairro – estão por toda parte.
Um dos locais mais charmosos do Rio, parada obrigatória para cariocas e turistas, concentra grande quantidade de graffitis em suas ladeiras. As marcas registradas de lá são os stencils, lambe-lambes e frases, algo que tem muito a ver com a personalidade poética do bairro. A rua Almirante Alexandrino, em toda sua extensão é tomada por arte. Imperdível é o passeio no Morro dos Prazeres, comunidade pacificada onde foi criado por SWK, grafiteiro e morador da favela, o Caminho do Graffiti. É só chegar e conferir os 200 metros extensão e 500m2 de arte, força de vontade e transformação nas ladeiras do morro.Na conta, já são quase 100 artistas que deixaram o morro bonitão, em bom superlativo “carioquês”. Como chegar: Na rua Almirante Alexandrino 3780, entrar em direção ao condomínio Equitativa. Subir até o campo de futebol Clube dos 22 e seguir adiante.
Mais de 130 grafiteiros, divididos em grupos de dez, pintaram a maior extensão de graffiti do Rio, um recorde que será difícil de ser batido. Os muros que margeiam os mais de 40km da Linha 2 do Metrô Rio transformaram o trecho de São Cristóvão a Pavuna numa galeria a céu aberto. O projeto foi comando pelo EixoRio, núcleo de articulação urbana da Prefeitura, que também criou o Espaço GaleRio para exposições temporárias, em Botafogo.
O maior mural do Rio fica na Região Portuária. O painel ocupa mais de 2 mil metros quadrados da lateral de um prédio na Sacadura Cabral, na altura da rua Coelho e Castro. O projeto foi elaborado por nove artistas, sob o comando de Tomaz Viana, o Toz. Nos arredores, onde acontece um dos principais encontros do segmento no Rio, o Art Rua, diversos muros foram assinados por talentos do Brasil e do mundo que já participaram do evento. Vale a pena bater perna por lá, visitar a Pedra do Sal, onde também há vários graffitis e, de quebra, conhecer os museus e centros culturais da região.
O morro do Vidigal tem uma vista estonteante para o azul do mar e do céu. E nas subidas sinuosas da comunidade, há diversos trechos tomados por graffitis. O anfitrião de lá é Thiago Molon, o Tarm. Um dos roteiros sugeridos por ele começa na rua Principal (João Goulart). Ao subir por ela, você chega ao “atalho”, um corredor com pinturas de Big, Meton, SWK, Jou, Joana César, Mateu Velasco e Ment. Dali, é só ir subindo, passar pela rua Nova e começar a descer, seguindo pela Dr. Olinto Magalhães, o trecho mais globalizado do tour. Os franceses Kongo e Noe Two foram dois que deixaram seus traços na comunidade da Zona Sul carioca. Mais à frente, tem o pernambucano Derlon e seus personagens nordestinos.
Endereço
: Avenida Niemeyr, , Vidigal
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