Ao coreografar as coqueteleiras no ar, o barman Alex Mesquita, 33 anos, encanta já de início quem acompanha seus movimentos executados por detrás dos balcões. A prova dos nove é feita ao degustar as combinações preparadas por ele - a primeira boa impressão sobre seu talento fica. Alex iniciou sua carreira nos anos 2000, experiência que lhe garantiu diversos prêmios, entre os mais recentes, o título de melhor barman do Rio de Janeiro pelo guia Comer & Beber (2014 e 2015). Além de assinar as cartas de drinques de diversos lugares, Alex comanda a Rio Cocktail, empresa de eventos, consultorias e cursos do ramo. Carioca, o craque recomenda lugares para beber drinques preparados por quem entende do assunto. “A verdade é que eu saio muito pouco para beber, mas estes profissionais eu atesto, fazem parte de uma safra muito boa. Recomendo sempre que as pessoas sentem no balcão e degustem seus drinques ali, junto dos bartenders. É outra experiência”, explica Alex.
Representante da coquetelaria clássica, Daniel Milão, de apenas 26 anos, é o bartender à frente do Paris Bar, na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa. Com destaque para os drinques autorais e clássicos repaginados, já lançou algumas criações exclusivas, como o encorpado Milano (Vodka Ketel One, limão siciliano, tangerina, Maple Syrup e geleia de pimenta vermelha) e o frutado Mercredi (Vodka Grey Goose Le Citron, Prosseco Brut, redução de lichia, xarope de framboesa e lima da pérsia). “O grande diferencial da casa é o Ritual de Coquetéis. Os são drinques executados na mesa, na frente do cliente, uma experiência à parte”, recomenda Alex.
Combinar gastronomia tradicional chinesa com coquetelaria contemporânea foi o desafio assumido por Thiago Teixeira, responsável pela carta de drinques do renomado Mr. Lam. O restaurante, que sempre teve o bar como um dos destaques, teve recentemente seu balcão reformado, um convite para apreciar o preparo das bebidas. Entre elas, o “Apple Tonic” (gin, tônica, monin maçã verde e abacaxi - R$38) e o “Perfetto Limoni” (Bourbon Makers Mark, Limoncello, sour mix, polpa de maracujá e pimenta - R$43). “Thiago é da linha fusion, usa ingredientes e técnicas que normalmente não são usadas na coquetelaria, é uma experiência sensorial. Fora que harmoniza muito bem os drinques com os pratos da casa”, elogia.
Com 23 anos, o mineiro Miguel Paes é o talento por detrás da barra do agitado Caverna Bar, casa com pegada rock’n’roll em Botafogo. “Sem dúvida, é um dos jovens talentos do Rio. Ele costuma usar Vermut, Campari e Bourbon, que tem sabores bem intensos, ideal para um bar onde toca rock. O negroni envelhecido que ele prepara acompanha muito bem os hamburgueres da casa”, indica Alex. Com este perfil, peça um Caverna Spritz, preparado com vermute branco doce, prosecco, xarope de camomila e água carbonatada (R$ 28) ou um Raining Blood, com suco de tomate com tempero secreto da casa, gin, molho inglês e limão (R$ 28).
Jéssica Sanchez é a primeira mulher a ser responsável pelos drinques de todos os bares do Copacabana Palace. No restaurante Mee, asiático que sustenta uma estrela Michelin “os drinques seguem a linha fusion, de vanguarda, com excelentes opções com gin e saquê, em combinações muito equilibradas”. Uma boa pedida é o A Cup of Hug (sakê infusionado em capim limão, melão e espuma de tangerina - R$46). Já no italiano Cipriani, “Jéssica segue a escola clássica, como manda o perfil do restaurante, com bebidas premium. O Negroni at the beach (R$48) é perfeito”, recomenda Alex.
“Quem quer conhecer a coquetelaria carioca, tem que passar pelo Meza. Um dos clássicos da casa é o drinque Moulin Rouge (rum, framboesa, suco de maçã e de uva e xarope de romã - R$25)”, indica Alex. O Meza, aberto em 2008, foi um gastrobar pioneiro ao investir em ambiente moderno e aconchegante, carta de drinques criativa e comidinhas deliciosas, servidas em potinhos para serem compartilhados.