"O coração bate sempre sentido Zona Norte", já dizia a música de Marcelo D2. A Zona da Leopoldina abriga os bairros de Bonsucesso, Ramos, Olaria e Penha. Por lá, não faltam bons programas, e a cerveja gelada é garantida nos bares da região. O samba de raiz embala os encontros de domingo. E, no momento de agradecer pela benção atendida, os cariocas sabem quais escadarias subir.
Inaugurado em fevereiro de 2014, o Botequim Rio Antigo já conquistou o coração dos cariocas. O bar recebe gente de todos os lugares da cidade para experimentar os petiscos mais tradicionais da casa. Às vezes tem roda de samba, show de rock, MPB ou DJ. Não importa. O ambiente é sempre acolhedor e o atendimento é nota dez. Destaque para o Espetinho Cubano (R$ 39), espetinhos de filé mignon com banana, empanados com queijo parmesão e acompanhados de molho de pimenta biquinho e alho; Bolinho de Feijoada (R$6) e o Croquelete (R$7), um croquete de carne recheado com queijo mozarela. A carta de cerveja é bem extensa e vai desde Colorado Indica (R$26) até Wells Banana Bread (R$26). Para aqueles que preferem um drinque a casa oferece diversas opções como Margarita (R$17), Sex on the beach (R$ 17) e Michelada (R$ 12)
Ponto turístico marcante na Zona Norte, a Igreja da Penha recebe gente do mundo todo. A cada domingo cerca de 1500 pessoas sobem os 382 degraus para pedir as bênçãos e agradecer. Aqueles que optam por não fazer o passeio por conta da longa subida, não têm mais desculpas. O local agora possui um bondinho que faz rapidamente a viagem. Com uma vista admirável para Baía de Guanabara, Aeroporto Tom Jobim, Serra dos Órgãos, Pão de Açúcar e outros pontos, a Basílica abriga o Museu da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França, além da Sala dos Milagres e a Exposição de quadros de Nossa Senhora, abertos aos domingos com entrada gratuita.
Apadrinhada pelo Império Serrano, a Imperatriz Leopoldinense fica no bairro de Ramos. Seu nome é uma referência à Estrada de Ferro Leopoldina, conhecida por cortar a região, e a Imperatriz Maria Leopoldina da Áustria, amada pelo povo brasileiro. Hoje, com 58 anos de existência e oito títulos, a Escola se consagrou entre as melhores do Grupo Especial.
Para aqueles que desejam fazer uma visita, a quadra abre aos domingos, às 20h, e é possível se acabar junto com a bateria nota 1000! Durante o pré-carnaval os ensaios vão até altas horas.
Pixinguinha era frequentador do Bar da Portuguesa. De tão assíduo o músico ganhou, recentemente, uma estátua na frente do local. Mas não é só isso que chama atenção de quem vai lá pela primeira vez. Os petiscos da dona Donzília fazem com que os frequentadores retornem e, muitas vezes, aguardem ansiosamente a sua vez na fila de espera. A cerveja gelada e o cardápio fazem da Portuguesa um dos melhores programas pra se fazer na Zona da Leopoldina. Destaque para o Pastel de Camarão com Catupiry (R$ 5,20), Bolinho de Aipim com Carne Seca (R$ 5,50) e a Sardinha frita (R$ 5,20), servida aos sábados. Mas não deixem de provar a mais nova iguaria da Dondon: Empadinha aberta de bacalhau com molho branco (R$ 5,50), que os frequentadores apelidaram de “escândalo”. Por que será?
Sim, é o Cacique de Ramos, um dos blocos mais antigos da cidade, criado em 1961, com sede localizada próximo a estação de Olaria, na Rua Uranos. E é lá que acontece todo domingo a tradicional roda de samba, inteiramente gratuita. Dentre os visitantes assíduos estão os mestres da música: Elymar Santos, Beth Carvalho, Luiz Carlos da Vila, Zeca Pagodinho e muitos outros. O Bira Presidente, junto com o Fundo de Quintal, também sempre marca presença. Não tem como ir até lá e não se apaixonar pela tamarineira, cerveja gelada e música boa.
