O escritor Zander Catta Preta, carioca radicado em São Paulo, quando vem ao Rio mata saudades da sua terra tomando umas e outras por aí, de preferência, perto da orla de Copacabana. "O bairro oferece uma série enorme de opções de entretenimento. Desde a disputada praia até o bucólico forte de Copacabana, passamos por bibliotecas e livrarias, sebos de discos e livros, lojas de roupas em atacado e varejo, armadilhas para turistas (que podem ser divertidas quando você está no espírito), “casas de tolerância”, restaurantes e bares. Os cinco pontos aqui listados não pretendem esgotar as possibilidades do roteiro ébrio no bairro, mas são um bom guia de posto a posto para você programar uma maratona etílica". Prepare o fígado para passar um dia todo por bares, quiosques e restaurantes da orla (ou perto dela) de Copacabana.
"A Confeitaria Colombo, no Centro, já teve uma filial na Av. Nossa Senhora de Copacabana que fechou há duas décadas. Hoje, ela tem um pequeno café dentro do Forte de Copacabana e serve como ponto de partida da maratona. A ideia é encher a barriga com um Omelete Duque de Caixas (R$24) e já começar a calibragem com uma caipirinha (R$17 a R$19)".
"Ao meio dia, rume para o Boteco Belmonte, uma das franquias mais comuns do Rio de Janeiro que faz parte da 'paulistanização' dos bares da cidade. Infelizmente. Mas este boteco manteve a excelente cozinha do original no Flamengo e serve um chope razoável para a proposta da maratona. O que é imperdível aqui é o pastel de camarão puro (sem o catupiry, por favor!) e as empadinhas que são circuladas entre as mesas pelos garçons".
"Aqui é uma parada apenas para descer a barra do nível de exigência e encher os tanques durante a caminhada, no início da tarde. Por regra, não tem nenhum quiosque com comida ou bebida boa ou barata, mas na média baixa de ambos, esse quiosque sempre tem uma banda de locais tocando um samba (ou algo semelhante) em som acima do aceitável para qualquer conversa. Ou seja: peça um Brahma Black ou um chope claro tradicional, beba rápido para manter o nível etílico do sangue e parta dali".
"Já é fim de tarde, aqui a coisa fica séria. O Cervantes é um marco da boemia carioca. Serve há mais de sessenta anos os travestis, os boêmios, os undergrounds e os ébrios da orla. O clássico aqui é o sanduíche de salsicha com abacaxi. Aliás: todos os sanduíches são acompanhados com uma fatia de abacaxi assado. O chope é bem tirado e acompanha bem o papo, a fauna e os causos do bairro".
"Apesar de fechar 'cedo' e não ser exatamente em Copa (ele fica na Pedra do Leme), o visual dali é indescritível. Apesar da música ao vivo (pessoalmente sou contra bares com, mas há quem goste!) os petiscos, o chope, as caipirinhas diversas e demais drinques são de excelente qualidade. A recomendação é a linguiça apimentada e a caipirinha de frutas (para quem gosta) ou o bom e velho chope bem tirado".