Já dizia o mestre Tim Maia que “do Leme ao pontal não tem nada igual no mundo”. A gente concorda: em termos de praias urbanas, o encontro da Cidade Maravilhosa com o mar é imbatível, tanto pelos atributos naturais quanto pela nossa cultura balneária. Os cartões-postais não deixam negar. Mas tamanha fama faz com que as praias mais emblemáticas fiquem abarrotadas, então, para quem busca calmaria, a solução é fugir dos clichês e partir para aqueles recantos mais tranquilos, ainda que no verão também possam ser bastante movimentados. Na alta temporada, de dezembro a fevereiro, não fica fácil pra ninguém, mas dá para relaxar nas praias mais vazias (ou menos cheias) do Rio.
A menina dos olhos do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade, é destino certo para surfistas e pessoas que querem relaxar rodeadas por natureza, sem prédios e poucos ambulantes e quiosques. A praia fica a 50 minutos da Zona Sul e faz parte de uma área de proteção ambiental, com montanhas cobertas por Mata Atlântica e um parque aberto à visitação, uma ótima escapada a poucos passos da areia. Se bater a fome, faça uma visita ao restaurante Mirante da Prainha, no canto direito da orla. Importante lembrar que durante o verão é limitado o acesso à carros na orla (geralmente, de 200 vagas na Prainha e 600 na vizinha Grumari), por isso, chegue cedo e evite o caos da alta temporada. Mas garantimos: é um luxo o resto do ano.
A praia da Reserva fica entre as praias da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes. Tem esse nome porque está localizada em uma área de reserva ambiental, sem prédios na frente e com vegetação de restinga por toda sua extensão. É bem tranquila durante o ano inteiro, perfeita para quem quer curtir um sol sem tropeçar na canga alheia ou com gente falando alto ao redor.Se for para surfar, há boas ondas, especialmente num ponto conhecido como Laje da Reserva. Não esqueça de levar alguma coisa para comer e beber, pois lá não é tão comum passar vendedor ambulante.
Sim, no verão a praia de apenas 300 metros de extensão fica abarrota e estacionar o carro no condomínio que dá acesso à praia pode virar um tremendo stress. Mas fora da alta temporada, é um oásis. A praia é bastante conhecida pelos cariocas, no entanto, para os turistas, ainda é um destino pouco conhecido, mas muito merecedor de entrar no roteiro. As boas-vindas se dão do alto da rua, de onde é possível avistar a descida pelas pedras que dá acesso à praia, que sofre grande influência das marés: se ela estiver alta, o mar invade a pequena faixa de areia. E atenção para o sol, que também vai embora mais cedo por aqui, já que a sombra do morro ao redor encobre a areia. Chega-se pela estrada do Joá, onde deve-se entrar em um condomínio fechado na rua Pascoal Segreto e seguir até a rua Sargento José da Silva.
A praia fica na ponta esquerda da extensa orla de Copacabana, uma opção infinitamente mais tranquila do que a badalada Princesinha do Mar. As ruas do bairro homônimo são um sossego, assim como seu calçadão e sua praia, que começa na altura da Av. Princesa Isabel e termina na Pedra do Leme (onde vale fazer a caminhada no Forte Duque de Caxias, que chega ao mirante de onde é possível admirar toda a orla). O clima por lá é família, excelente para crianças e para aqueles que não querem ser importunados por ambulantes e bolas de futebol o tempo todo.
Parece uma prainha de cidade pequena, mas está aos pés de um dos principais cartões-postais do Rio, o Pão de Açúcar, no bucólico bairro da Urca. Seu cenário é puro charme e suas águas calmas e profundas são um convite para a pratica de esportes como Stand Up Paddle e canoagem. Além disso, é uma das praias mais seguras do Rio, pois fica em área militar. Uma ótima opção para quem vai subir de bondinho até o Morro da Urca ou dar uma caminhada na pista Claudio Coutinho - leve roupa de banho e outros itens para curtir a praia! Não costuma atrair muitos cariocas, principalmente, por causa da água da Baía de Guanabara que, dependendo da maré, pode deixar a beira-mar suja.
