Por uma dessas convenções técnicas, diz-se que o Dia do Rock é celebrado em 13 de julho. Mas não adianta... Para muita gente o rock não é apenas para ser escutado no banho, no carro ou em uma festa e sim é um estilo de vida que merece ser celebrado o ano inteiro. Um destes que carregam esta bandeira é Rodrigo Santos. Baixista de uma das maiores bandas do rock nacional, o Barão Vermelho, Rodrigo hoje é um herói da resistência ao rodar o país ao lado dos Lenhadores, o guitarrista Fernando Magalhães, também do Barão, e o baterista Kadu Menezes, ex-Kid Abelha. Em suas andanças pela cidade, alguns lugares ganharam destaque na memória afetiva. "Como roqueiro de alma e espírito indico casas onde vivi algum tipo de história", comenta Rodrigo. Vista a camisa preta, faça o chifre com os dedos, balance a cabeça e aproveite as linhas de baixo, os riffs de guitarra e a levada da bateria o ano todo.
Com uma programação que mescla peças de teatro com shows dos mais variados estilos, a casa costuma agradar não só quem toca como quem vai para curtir. Foi no Solar que Rodrigo Santos lançou seu último trabalho em dezembro passado, o disco A Festa do Rock vol. 1. "É um lugar agradável para assistir a shows, o serviço é sempre atencioso, fora que é sempre bacana levar o rock para um teatro", disse Rodrigo, ressaltando ainda que é um bom pico para vender os cds e DVDs".
Há quem diga que o Saloon remete aos pubs de rock de Londres ou aos tradicionais clubes de Nova York. Rodrigo Santos vai além. Para ele, o pequeno e roqueiro bar de Botafogo é "o nosso Cavern Club", casa underground de Liverpool conhecida mundialmente como o local onde os Beatles iniciaram a carreira. Proporções à parte, no Salloon é possível conferir belos shows regados a cerveja gelada. "É aquele só, de garagem. E ainda tem um belo hambúrguer!", afirmou.
O nome pode causar certa estranheza. Afinal de contas, o Rio Scenarium é uma indicação clássica para quem quer curtir um samba e um choro na Lapa. No entanto basta olhar com cuidado a programação para perceber que a casa é eclética. Rodrigo Santos lembra que fez alguns de seus melhores shows por lá para um público médio de 700 pessoas. "A casa empolga. A gente lotava o segundo andar de gente feliz cantando e dançando todas as músicas. Pode ser de samba e chorinho tradicionalmente, mas lá há espaço para o rock", garante.
Não adianta. É missão impossível não lembrar o nome do Circo Voador quando o assunto é rock and roll. Palco de alguns dos maiores shows de rock da cidade, a lona hoje na Lapa, mas que nasceu no Arpoador na década de 80 recebe nomes do Brasil e do mundo para fazer shows históricos. Rodrigo já tocou com o Barão, com outros amigos fazendo participações, com os amigos dos Lenhadores e também foi a inúmeros apenas como espectador. "É sempre mágico, é o berço do rock nos anos 80... Não precisa nem de explicações... Simplesmente adoro tocar lá", disse.
Outro endereço da Lapa - quem disse que o bairro só vive de samba?! -, este misto de bar e casa de shows que ocupa um belo casarão também recebe uma programação bem eclética. É possível conferir shows que vão do punk rock passando pelo heavy metal chegando até ao pop. "É mais um grande e eclético pub. Já vi grandes shows por lá", garante Rodrigo. Dica de quem sabe.
