Leandro Moreira, sócio de churrascaria no Centro, cria guia para os conterrâneos na cidade
Se o assunto é churrasco, “bah!”, os gaúchos são autoridade no Brasil, e aqui no Rio temos um excelente representante da tradição-mor do Rio Grande do Sul: Leandro Moreira, que migrou de Porto Alegre para os trópicos e tornou-se um dos quatro sócios do Demi-Glace Premium Grill, no Centro da cidade, especializado em carnes, é claro. No Rio desde 2008, mas sem perder o sotaque, Leandro criou este roteiro “tri-bom” na cidade para os conterrâneos gaúchos não só aproveitarem o que apenas existe por aqui, como matar as saudades de casa com um jeitinho carioca.
Ah, e fica a dica do restaurante: o Demi-Glace Premium Grill tem excelente custo-benefício para quem aprecia cortes de primeira. O serviço é como um rodízio às avessas: o cliente escolhe um entre os 12 cortes (uma dica: a exclusiva “pontinha da picanha”) que vão muitíssimo bem acompanhados pelas guarnições que circulam a todo tempo pelo salão. O palmito salteado e a farofa crocante são uma “barbaridade!”, como se diz em bom gauchês. Onde: Rua Gonçalves Dias, 56 - sobreloja. Centro. Tel: (21) 2242-2919.
Recomendar que um gaúcho tome “chimarrão” na praia parece óbvio, mas estamos falando aqui de uma especialidade da casa, quer dizer, da praia: o mate bem geladão, vendido pelos ambulantes nas areias, na versão industrializada ou natural, servida em dois galões, um com o chá outro com limão, fazendo a mistura a gosto do freguês. “Tem que tomar um mate gelado junto com o Biscoito Globo, coisas que não existem no Rio Grande do Sul”, diz Leandro.
Agora, sim. Os gaúchos que quiserem tomar um mate de boa no Rio, já tem uma dica: “Trocar o chimarrão na Redenção ou no Parcão por um chimas na Lagoa Rodrigo de Freitas”, aconselha. O espelho d’água é circulado por uma ciclovia de quase oito quilômetros de extensão, por onde há diversos gramados, parques e deques para estender a canga e apreciar a vista.
Trata-se de um dos restaurantes mais tradicionais e badalados do Baixo Gávea. Aliás, vários atores e atrizes que se apresentam nos tradicionais teatros do bairro batem ponto por lá, portanto, não será uma surpresa se vir um global tomando chope e comendo a famosa picanha do restaurante na mesa ao lado. Pelo salão, os garçons circulam empunhando um espeto de linguiça para abrir os trabalhos. “No Rio Grande do Sul chamamos de salsichão, mas aqui é para pedir uma linguiça, e uma picanha à brasileira”, recomenda Leandro.
Unanimidade nos cardápios dos bares cariocas, o caldinho de feijão é um patrimônio gastronômico da cidade, acompanhado de torradinhas, cheiro verde e uma boa pimenta. “Recomendo o do Jobi, no Leblon, uma casa clássica do Rio, para comer tomando um chope”.
Colorado ou gremista, todos tem um bar para chamar de seu no Rio. Vai rolar aquele “grenal”? Tem lugar pra todo mundo. “Dá pra assistir aos jogos do Inter ou Grêmio nos bares que são redutos dessas torcidas no Rio: no bar dos colorados, o Bar Copinha (rua Bolívar, 105, Copacabana), e no bar dos gremistas, o Cantina Belfort Roxo (rua Belfort Roxo, 246, Copacabana)".
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