O Trem do Samba, que chega a sua 22ª edição, faz uma viagem da Central do Brasil ao bairro de Oswaldo Cruz. A festa contará com um palco principal montado na estação, além de outros três na região de Grande Madureira. Este ano, o evento homenageia o Tambor, como instrumento que promove a comunicação entre as gerações, a ancestralidade, além de interagir com diversas culturas. A expectativa de público é de aproximadamente 120 mil pessoas.
No Palco Almir Guineto, na Central, renomados artistas do samba nacional e as Velhas Guardas se revezam das 15h às 19h. O primeiro trem, com cinco composições completas tomadas por grupos de samba, parte às 18h04 (mais quatro trens sairão com músicos a cada 20 minutos). Cinco Velhas Guardas e 32 rodas de samba garantirão grandes shows e muita festa, no interior das composições. Para embarcar, basta contribuir com 1kg de alimento não perecível, trocado por bilhete, na própria estação da Central do Brasil, durante todo o dia do evento.
Em Oswaldo Cruz, todos desembarcarão das respectivas composições e 14 rodas de samba seguirão para bares de referência do bairro e os demais poderão desfrutar das atrações dos três palcos montados em diferentes pontos do bairro, sendo eles: Palco Mestre Pirulito, na Praça Paulo da Portela, Palco Wilson das Neves, na Rua João Vicente, e Palco Mestre Trambique, na Rua Átila da Silveira. Tudo isso, ao som de sambas que vão dos mais consagrados aos mais recentes.
O Terreirão do Samba, que passou por reforma este ano, faz maratona no Dia Nacional do Samba, com toda a programação gratuita. Serão seis shows. A atração principal será a sambista Leci Brandão, muito bem acompanhada pelo Samba do Trabalhador, roda tradicional da cidade, que acontece toda segunda-feira, no Clube Renascença, no Andaraí, puxado pelo compositor Moacyr Luz. Representando as escolas de samba, estará a Velha Guarda do Salgueiro. A nova geração também sobe ao palco, com Galocantô, Grupo Arruda e Samba do Chapéu.
O quarteto carioca, que foi um dos protagonistas da revitalização boêmia e cultural da Lapa, lança o single “Eta Lelê”, no palco do Imperator, e apresenta show “Da Lapa Para o Mundo”, com seus sucessos. A música celebra o momento especial do quarteto, agora com nova formação Daniel Montes (violão de 7 cordas), Gabriel Azevedo (pandeiro e voz), João Fernando (bandolim) e Rafael Freire (cavaquinho), e marca a retomada da parceria com a Biscoito Fino, gravadora responsável pelo primeiro e segundo discos da banda, após dez anos. O single é o primeiro passo para a criação do novo álbum, “+100”, que também vai registrar a atual safra de compositores de samba.
A Lapa não poderia ficar de fora das comemorações. O cantor e compositor Moyseis Marques faz show no Baródromo, bar temático sobre escolas de samba, localizado na rua do Lavradio. No repertório, sucessos como "Nomes de Favela" e demais clássicos do samba e da MPB. A programação inclui ainda roda com o Celeiro Samba Clube, formado por diversos artistas da nova geração do samba.
A partir das 22h. A entrada custa R$25.
Quem estiver no pique para emendar a programação pode começar o roteiro na Feira do Lavradio, que acontece na mesma rua do Baródromo, das 10h às 18h.
Se o seu tipo de samba for aquele regado a bons petiscos, a pedida para este Dia Nacional do Samba é curtir a roda do Engenho Velho. No repertório, Paulo da Portela, Ismael Silva, Noel Rosa, Geraldo Pereira, Candeia, Cartola, Nelson Cavaquinho, Dona Ivone Lara… coisa fina. No cardápio do Buteco dus Deuses, no Grajaú, delícias como os croquetes, carnes e a consagrada coxinha de rabada. A esquina fica tomada por gente com o gogó afinado para cantar e tomar umas geladas todo segundo sábado do mês.