Bares para unir o útil ao agradável: comer e beber e, quem sabe, se dar bem
Há quem possa discordar, mas o Rio de Janeiro é uma cidade que tem vocação natural para a azaração. Em boates, festas da moda e sambinhas de raiz são exemplos de lugares onde o flerte rola solto. Há quem saia de casa só para isso. Mas não é preciso curtir música alta e lugares abarrotados de gente para tentar se dar bem. Nestes cinco bares cariocas é possível tomar umas com os amigos e amigas e, se der de cara com o cupido, terminar a noite muito bem acompanhado.
Este misto de loja e bar se tornou um verdadeiro fenômeno. Já são seis unidades espalhadas pela cidade, mas em duas delas o clima é de total azaração. Abastecidos por Heineken gelada (R$ 6,00, a long neck ou R$ 10,00 a de 600 mililitros) ou cervejas artesanais cariocas, a exemplo da Three Monkeys Golden Ale (R$ 22,90, 355 mililitros), dezenas de pessoas tomam conta das calçadas da unidade de Botafogo, na Rua Voluntários da Pátria, ou da Barra, na Avenida Olegário Maciel, e curtem música até altas horas da madrugada. Detalhe: em Botafogo foi instalada a primeira cozinha carioca da House of Food e diariamente um chef diferente cozinha por lá.
Olhando de fora há quem pense que se trata de um autêntico pé sujo. No entanto, basta entrar no pequenino salão deste bar para ver que, além de cervejas como Antarctica Original e Heineken (R$ 10,00 - 600 mililitros) é possível matar a sede com uma oferta de 90 rótulos artesanais nacionais e importados. E é de copo na mão que o público eclético usa até o ponto de ônibus em frente ao bar para sentar e trocar ideia. E o Brewteco já abriu sua primeira filial. Ela fica localizada na Avenida Olegário Maciel, na Barra, e promete fazer o mesmo sucesso.
Do Brewteco é possível ver a aglomeração de pessoas que se forma na mais badalada das unidades da cadeia criada pelo ex-garçom Antônio Rodrigues. Mas se no vizinho é possível ver pessoas de chinelo, no Belmonte o clima é mais formal. Meninas de salto e bastante maquiadas. Os homens não ficam atrás: são arrumados também. Garçons circulam com chopes Brahma (R$ 10,00, 300 mililitros) em copos de plástico para quem está na calçada.
Típico botequim de bairro, o Alfa faz parte da rotina de Botafogo desde a década de 50. No entanto, desde 2011 a birosca passou a ser procurada por um público que ia além dos velhos frequentadores. A "culpa" do fenômeno é da Comuna. O misto de bar, hamburgueria e centro cultural lota diariamente. E quem não consegue um lugar para sentar no vizinho “hipster”, buscou abrigo no velho Alfa, com seus cascos trincando de Original (R$ 11,00). E é nesse clima descontraído que centenas de pessoas tomam conta não só das calçadas como também da Rua Mena Barreto.
A picanha servida no Braseiro é quase uma instituição do Rio. Ladeada por arroz de brócolis, fritas e farofa de ovos (R$ 105,00), a carne atrai centenas de pessoas diariamente para matar a fome. E já na fila de espera da casa, que fica no coração do Baixo Gávea, o clima de azaração começa. Após matar a fome, estique a tarde ou a noite na calçada mesmo e nos bares do entorno do badalado BG.